domingo, 1 de setembro de 2013

CUFA Araguari, apresenta a Peça "Outros Caminhos", na Mostra Araguari de Teatro

Chegada dos atores no Mercado Municipal
O Grupo de Teatro da CUFA Araguari, apresentou ontem(31/08), no Mercado Municipal da cidade. O mesmo foi contratado para participar da Mostra Araguari de Teatro, realizada pela FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura, dentro da programação de aniversario do município que deu-se no ultimo dia 28 do corrente mês.

Atentas á peça: Gabriela, da Associação Cultura Minas, que abrange 22 municípios; e a Carmem,  Presidente da FAEC, que em Araguari é o mesmo que a Secretaria Municipal de Cultura. 

A peça versa sobre o consumo de drogas no país que ao longo dos últimos anos sofreu um grande aumento, mas que infelizmente não houve uma mudança correspondente no vigor das políticas públicas que pudesse minimamente atenuar o impacto. Inicia com uma pessoa normal, no convívio da sociedade e que começa com o uso da bebida e cigarro, pula pra maconha, cocaina e vai ao fundo do poço, com o uso do crack e após uma participação nas várias oficinas culturais gratuitas, oferecidas pela CUFA, ela consegue a reabilitação. É uma forma poética de ver o problema, mas também uma maneira de colocar o dedo na ferida.
No Brasil, a violência e o crime organizado associados ao tráfico de drogas ilícitas constituem um dos problemas mais graves frente a uma situação que se deteriora a cada dia, com altíssimos custos humanos e sociais, é imperativo retificar a estratégia de “guerra contra as drogas” aplicada nos últimos  anos. As políticas proibicionistas baseadas na repressão à produção e ao tráfico bem como na criminalização do consumo, não produziram os resultados esperados. Estamos mais distantes que nunca do objetivo proclamado de erradicação das drogas. Vários homicídios são cometidos durante o ano todos tendo como eixo central o trafico de drogas, o seu controle nas cidades ou a cobrança de dívidas entre traficantes e usuários, causando um grande mal estar na sociedade, o que acarreta uma imensa cobrança em cima dos órgãos de repressão(POLÍCIA) e ao poder público.
O modelo atual de política de repressão às drogas está firmemente arraigado em preconceitos, temores e visões ideológicas. O tema se transformou em um tabu que inibe o debate público por sua identificação com o crime, bloqueia a informação e confina os consumidores de drogas em círculos fechados, onde se tornam ainda mais vulneráveis à ação do crime organizado.
Por isso, romper o tabu, reconhecer os fracassos das políticas vigentes e suas consequências, é uma precondição para a discussão de um novo paradigma de políticas mais seguras, eficientes e humanas.
Isso não significa condenar em bloco as políticas que custaram enormes recursos econômicos e o sacrifício de incontáveis vidas humanas na luta contra o tráfico de drogas. Significa que devemos reconhecer a insuficiência dos resultados e, sem desqualificar em bloco os esforços feitos, abrir o debate sobre estratégias alternativas, com a participação de setores da sociedade que se mantiveram à margem do problema, como por exemplo, a grande  massa estudantil . A questão que se coloca é reduzir drasticamente o dano que as drogas fazem às pessoas, sociedades e instituições. Para isso, é essencial diferenciar as substâncias ilegais de acordo com o prejuízo que provocam para a saúde e a sociedade.
É a isso que a CUFA Araguari, com a apresentação pública da peça, se propõe, levar a discussão, ao debate; e através de um consenso, buscar uma melhor solução para o problema.















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