Iniciativa acontecerá em vários estados, e será primeira edição
Com o objetivo de
difundir e integrar a literatura das favelas, seus autores e sua arte, a
Central Única das Favelas (CUFA) está lançando o Festival Favela Literária. A
iniciativa deverá acontecer em 24 capitais e em todas as sedes das CUFAs,
espalhadas pelo país, em mais de 400 cidades.
A edição de estréia em
Araguari, será dia 4 de novembro, no Dia
da Favela, na sede da instituição e será realizado numa parceria entre a CUFA e
a Academia de Letras e Artes de Araguari. Na ocasião, será lançado o livro do
historiador Jeremias Brasileiro, intitulado: “LER IMAGENS CONTAR HISTÓRIAS –
Convivência de uma Cidade em Preto e Branco”
“Não temos a intenção
de competir com nenhuma grande feira literária. Ao contrário, queremos
descentralizar e levar a literatura da favela para a própria favela”, afirmou a
vice-presidente nacional da CUFA, Revalina Aparecida da Silva.
O festival não quer
simplesmente levar os livros para apresentar aos moradores, quer também
apresentar esses moradores escritores para a sociedade. Por isso, esse festival
acontece nas sedes das Cufas e em espaços de parceiros ou espaços públicos como
praças ou escolas, desde que o produto apresentado se trate de obras de
moradores de favelas e seus sinônimos com os mais variados temas.
“Eu acabo de lançar um
livro e estou tendo a oportunidade de lançar em várias feiras. Isso é
importante, mas fazer nosso lançamento para as pessoas que são retratadas por
nós é o máximo”, comemora o presidente da CUFA Global, Preto Zezé, que acaba de
lançar o livro “Das Quadras Para o Mundo”.
A CUFA escolheu realizar
o Festival no dia 4 de novembro, por ser uma data simbólica, pois é comemorado
o Dia da Favela, afinal foi nesse dia em 1900 que pela primeira vez esse nome
foi formalmente escrito em documento público, sinalizando o Morro da
Providência com este nome.
O evento ocorre ás
08:00 horas da manhã e além do lançamento do livro, a atividade vai contar com
declamação de poesias pelo escritor e Presidente da ALAA Edmar César, pela
atriz de teatro e Presidente da CUFA Maluh Pereira; apresentação de slam pela
MC Vegha, apresentação de dança pela oficina da CUFA, entre outros.
JEREMIAS
BRASILEIRO, Doutor em História Social. Universidade Federal de Uberlândia.
Pesquisador e escritor, Professor Convidado Para Ministrar Aulas em Curso de
Patrimônio Cultural Imaterial e Mediar Curso do Projeto "Patrimônio
Cultural em debate: Curso de formação em Patrimônio Cultural Imaterial, Edital
PROEXC N° 19/2017. PIAC-UFU. Período de Agosto a outubro/2017. Desenvolve
estudos para fomentar práticas educativas com enfoque na cultura popular e
cultura afro-brasileira no intuito de oferecer referenciais teóricos e
metodológicos para embasar o educador de forma didática principalmente a
respeito do Congado e suas possibilidades interdisciplinares na sala de aula,
além disso, estuda as diversas modalidades culturais do Congado existentes em
várias regiões de Minas Gerais; Possui diversos artigos e livros publicados a
respeito de questões etnicorraciais, e com atuação na área de História e
Cultura, realiza palestras e ministra cursos de especialização e
aperfeiçoamento, bem como minicursos em várias instituições de ensino superior,
médio e fundamental; Membro do Grupo de Trabalho (GT) - O Afro nas Artes
Cênicas: performances afro em uma perspectiva de decolonização, 2017. (GT)
vinculado à Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas ?
ABRACE. Colaborador para pesquisa com memórias, história oral e cultura popular
no Projeto: Assessoria Jurídica e Advocacia Étnico-Racial, que é vinculado ao
ESAJUP - Escritório de Assessoria Jurídica Popular / FADIR - Faculdade de
Direito Prof. Jacy de Assis, da Universidade Federal de Uberlândia, ano de
2017; Coordenador do projeto : Cem anos da Irmandade do Rosário de Uberlândia -
uma história em preto e branco. Proex/ Universidade Federal de Uberlândia,
2016; Professor/Formador, como Orientador em Curso de Educação de Jovens e
Adultos na Diversidade e Inclusão Social - Especialização - EAD, 2016.
Assessoria e Consultoria: Estruturação e Acompanhamento de Curso de Capacitação
em Promoção da Igualdade Racial, Políticas Públicas e Controle Social. Prefeitura
de Uberlândia/Secretaria de Governo/Superintendência da Igualdade Racial.
Período: fevereiro a setembro de 2016. Professor/Pesquisador, como Ministrante
de Curso de Especialização/Aperfeiçoamento em Politica de Igualdade Racial no
Ambiente Escolar - EAD/UNIAFRO, 2015. Atuou como Assessor de Projetos Culturais
e Inclusão Social da Superintendência da Igualdade Racial de Uberlândia e na
Gestão e Execução do Convênio 787969/2013 - Estruturação da SUPIR e Curso de
Capacitação, Promoção da Igualdade Racial e Controle Social - celebrado entre a
Prefeitura de Uberlândia/Superintendência da Igualdade Racial/SUPIR com a
Secretaria de Políticas Públicas e de Promoção da Igualdade
Racial/SEPPIR/Presidência da República/PR, no período de novembro de 2013 a
abril de 2015; Consultor e executor de projetos culturais para as Prefeituras
de Romaria e de Rio Paranaíba-MG no Período de 2010 a 2014; Solicitante e
elaborador do projeto inicial que tornou a Festa da Congada de Uberlândia em
Patrimônio Cultural e Imaterial do Município e também relatorista do pedido
para que as Congadas de Minas Gerais sejam consideradas Patrimônio Cultural do
Brasil, processo iniciado no ano de 2008;