quarta-feira, 30 de março de 2011

Rap nacional é a nova aposta de Rick Bonadio para "estourar forte"


29/03/2011 07h15 • Camilo Rocha



Todo mundo conhece o Rick Bonadio, Midas do pop/rock brasileiro, lançador de sucessos nacionais como Mamonas Assassinas, NX Zero e, err, Rodolfo & ET.

Mas o que muito menos gente sabe é que esse super-articulador do pop tem um lado B onde rola muito hip hop. Rick Bonadio não é só um grande fã de rap, como começou sua carreira nesse meio, no tempo em que era DJ. Em 2011, ele resgata suas raízes e volta a apostar suas fichas no gênero.

No ano passado, ele e o NX Zero já tinham chamado vários rappers para participar do novo disco da banda. O álbum Projeto Paralelocontou com participações de Emicida, Rincon Sapiência, Rappin Hood, Kamau e Gabriel O Pensador.

Foi em 2010 também que Bonadio contratou o primeiro rapper do seu selo Arsenal, Rincon Sapiência. O MC paulistano é um veterano do underground que começou a ter mais projeção de uns tempos para cá.

Bonadio falou por email com o Virgula Música sobre sua paixão pelo hip hop e seu otimismo com a nova safra brasileira do gênero.

Você é fã de hip hop faz tempo, não? Desde quando acompanha o gênero?
Desde 1984, eu tinha 15 anos e já discotecava em domingueiras. Tudo começou com o funk da época, Kool and the Gand, Brass Construction e logo depopis ouvi Malcom McLaren, com Buffalo Gals, e Afrika Bambaataa. Foi aí que comecei mesmo a querer fazer rap.

Quais as grandes qualidades do hip hop na sua opinião?
É música da rua. E a possibilidade de ter letras grandes acaba facilitando a abordagem de muitos temas.

Por que você achou que seria uma boa ideia trazer rappers para cantar com o NX Zero?
Na verdade, foi uma idéia conjunta com a banda. Eles eram fãs do rap e eu apresentei alguns artistas que tinha como referência no estilo.

Como você avalia a cena atual do rap nacional, com gente como Emicida, Kamau, Criolo, Lurdez da Luz etc.
Acho que vivemos uma fase de muita criatividade e talento. O rap está maduro para estourar forte no Brasil.

O rap brasileiro poderá um dia desenvolver potencial comercial igual ao americano?Sim, isso deve acontecer nos próximos anos.

Você contratou o Rincon Sapiência para a Arsenal, por que ele?Acho o Rincon um garoto muito talentoso e que sabe rimar sobre qualquer tema. Ele faz parte da nova geração do rap junto com Emicida, Flora Matos e muitos outros que têm muita força e acredito farão parte de um forte movimento num futuro breve.

Pretende assinar outros rappers para o seu selo?Sim.

Já encontrou hostilidade ou desconfiança no meio do rap por ser um produtor mais ligado ao pop/rock?Não, as pessoas sabem que estou no rap há muitos anos. Gravei um LP em 1986, Rick e DJ Nando. Era rap.

E no hip hop americano, você gosta do trabalho de quem?Tanta gente: Snoop Dog, Eminem, Dr. Dre, Ice Cube, Kurupt, Jurassic 5, Del [Tha Funkee Homosapien], Public Enemy, Ludacris, etc..etc..

terça-feira, 29 de março de 2011
























A CUFA - Central Única das Favelas - Realizou uma grande festa em Madureira para dois importantes lançamentos da história da instituição. Um foi a mais nova Produtora do mercado audiovisual a Cufa Filmes e outro o Livro que conta 10 Anos da História da Cufa. O grande homenageado da noite foi o Cineasta Caca Diegues que teve uma pagina do livro dedicada a ele, como forma de reconhecimento e admiração a parceria do cineasta com a Central que a vários anos. A festa contou com presenças ilustres, como o Ator Marcos Frota, Ricardo Macieira, Edson Santos, Chaim Litewski (ONU), Mario Diamante (ANCINE), Dj Marlboro, entre outros e teve a apresentação da cantora Nega Gizza acompanhada do o Rapper MV Bill, ambos fazem parte do grupo de fundadores da Cufa. Em uma noite de muita musica e alegria Celso Athayde ficou até o final distribuindo autógrafos no livro o qual cada convidado levou o seu pra casa.

segunda-feira, 28 de março de 2011

As Faces da Criminalidade

E vertiginoso o aumento da criminalidade na cidade de Araguari. Como sempre a criminalidade é demonstrada como sinônimo de pobreza. As pessoas ao abrirem seus periódicos matinais encontram manchetes estampando assassinatos, apreensões de drogas em algum bairro periférico da cidade. Mas nunca veem estampado os crimes cometidos contra o erário público, desvio de verbas, omissão de socorro, assédio moral, etc. A criminalidade não e uma manifestação natural existente na sociedade. Pelo contrário, e um produto intrinsecamente ligado ao projeto de sociedade que vivemos. Excludente, desumana, que exacerba dia após dia as desigualdades sociais, culminando na internalização da violência pela população, e por conseguinte na disseminação da cultura do medo. E como por exemplo aceitar um assassinato como algo “natural”, similar a ir ao supermercado fazer compras. A internalização da violência segue a lógica do cerceamento das liberdades sociais. Quando entramos num esquema mental de caos social, esta é uma faceta da cultura do medo, que na maioria das vezes nos são impostas por fontes externas (principalmente através das mídias,) aceitamos por exemplo que nosso direito de ir e vir seja relegado a uma segunda categoria. Ou que em busca de uma falsa segurança sejamos monitorados por intermédio de câmeras de vídeo. Ou indo mais além, na aceitação da introdução da pena de morte no Brasil. Outro viés que o processo de internalização da violência toma é o da criminalização das populações menos abastadas, que vivem nas periferias das cidades. Para o discurso oficial, a criminalidade esta intimamente associado a pobreza. Somente para ilustrar esta questão, foi anunciado que Araguari irá receber duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) que logicamente serão implantadas nos bairros com maiores índices de violência. O processo de criminalização das populações pobres parte dos princípios de generalização e rotulação, como premissas da busca por ordenamento social. Quando se “identifica” os fatores que causam distúrbios na ordem social, fica mais fácil o processo de coersão, via aparelhos repressores do Estado. As políticas públicas que são desferidas para a área de segurança, que buscam combater a criminalidade se concentram no aumento do efetivo policial e na construção de novos presídios. Tratam a questão da criminalidade em Araguari como manifestações individuais, ou nas raras ocasiões ligada ao crime organizado. Nesta ótica, a implantação das UPPs são a solução definitivas para o problema. Esquecem que na maioria dos casos que a criminalidade não e uma simples manifestação instintiva humana, mas um produto das desigualdades sociais existentes no país, alinhada ao processo de subjetivação dos indivíduos. Com a omissão do Estado em comunidades periféricas, onde não existem escolas públicas, e as que existem não tem uma estrutura satisfatórias; onde o sitema público de saúde e ineficiente, o poder coersitivo do Estado a serviço dos interesses do capital cria mecanismos de contenção das populações pobres. Uma forma de barras as iniciativas de organização social, que buscam lutar contra as violências que são cometidas pelo Estado a estas populações. A presença do Estado em comunidades pobres não deve se dar no caráter assistencialista, e muito menos paternalista, pois se assim o for, confabula na prática de cooptação, principalmente dos movimentos sociais organizados, tirando sua autonomia e poder de autocrítica. O Estado deve garantir condições para que os indivíduos através de conselhos populares consigam deliberar suas reais necessidade, sanando-as em prol da coletividade.


Airton da Cunha Ribeiro Graduado em História/UFU Coordenador do Núcleo Audio Visual da CUFA Araguari

domingo, 27 de março de 2011

Projeto Amigos da Escola/2011







O CAIC Dr. Arcino Santos Laureano, se enfeitou todo no último sábado para realização do Projeto Amigos da Escola. É um projeto criado pela Rede Globo(TV Globo e emissoras afiliadas), com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da educação e da escoal públida de educação básica. O projeto visa estimular o desenvolvimento de todos(profissionais da educação, alunos, familiares e comunidade) nesse esforço, e a participação de voluntários e entidades, no desenvolvimento de ações educacionais complementares e nunca em substituição ás atividades curriculares da educação formal. O eixo temático proposto foi o "Combate á Dengue". Na sexta feira(25/03) foi desenvolvido um mutirão no bairro do entorno da escola, onde os alunos questinaram o que estava sendo feito para o controle do mosquito transmissor da dengue, atividade que rendeu boas reflexões. O evento foi executado pela CUFA Araguari e CAIC, numa parceria entre a Secretaria Municipal de Educação/Prefeitura Municipal de Araguari, TV Integração, Patrulha Escolar/53º BPM e Departamento de Zoonoses/Secretaria Municipal de Saúde. Foram desenvolvidas várias atividades durante a tarde do sábado(26/03), voltadas para o tema proposto, a exemplo da coreografia "Vida por um fio", da oficina de dança de rua da CUFA Araguari, que focou o processo de prevenção que deve acontecer nas casas para evitar o contágio da doença; o desfile de moda, apresentado pelos alunos do 9º ano, despertando a reflexão para a reciclagem; a peça de teatro dos alunos do 4º, que concientizou sobre a proteção ao meio ambiente que vivemos; além de brinquedos gratuitos, muita música, dança, capoeira, pipoca, algodão doce e muita disposição. A comunidade compareceu em peso para prestigiar a realização do projeto.

"Acreditamos, estar fazendo o melhor, quando trazemos todos os integrantes do processo educacional, para refletir a escola que queremos; escola essa, que necessita urgentemente de refletir meios, processos e técnicas para melhorar o ensino/aprendizagem, estimular professores, oferecer resultados e que está de certa forma desacreditada enquanto instituição, poque tem que aculturar, vestir, alimentar, sanar do ponto de vista de saúde e ainda educar; vários papeis que deveriam ser responsabilidade da família, hoje vemos ser transferidas para á escola, e ai inicia um processo vicioso: os pais passam a responsabilidade pra escola, que passa para o conselho tutelar, que passa para a promotoria, que chama os pais e ai começa tudo de novo. Realmente é necessário repensar a educação no Brasil e esse projeto nos apresenta uma luz no fim do túnel" diz Zulu, coordenador geral da CUFA Araguari.








































































quinta-feira, 24 de março de 2011

CUFA Araguari Executa Projetos Amigos da Escola, no CAIC , em Parceria com a TV Integração e Secretaria Municipal de Educação

Equipe da oficina de dança de rua da CUFA Araguari, se preparando para apresentação no Projeto Amigos da Escola no Caic, dia 26/03(sábado)






















Da esquerda para a direita, em pé: Marcos Paulo e Timóteo(Coordenação Dança de Rua), Cabritim (Assessoria Parlamentar do Deputado Gilmar Machado), Luiz Construtor(Rotary Club Araguari Sul), Cobra(Brendha Modas), Miller(Coordenação Institucional); Assentados: Zulu(Coordenação Geral CUFA Araguari), Raquel Zanetti(TV Integração), Adauto(SESCMG), Mara(SESI/FIEMG), Michele(Maria Maria) e Saulo(Diretor Financeiro)


Aconteceu na útima terça feira, no Centro de Referência Negra Rainha Benedita Gonçalves, uma reunião de programação da CUFA Araguari com vários parceiros, para tratar de dois projetos que são distintos: o "Amigos da Escola", da Rede Globo, desenvolvido na região pela TV Integração e, em Araguari, em parceria com a CUFA e a Secretaria Municipal de Educação; e o Projeto Ruas de Lazer, que após a reunião passou a ser intitulado de "Projeto Ruas, Cultura e Movimento".
O primeiro será executado no CAIC Dr. Arcino Santos Laureano, dia 26/03(sábado próximo), a partir das 16:00, com o tema: "Combate á Dengue" e contará com várias atividades artísticas-culturais, desportivas e de lazer; e o segundo está previsto para o dia 09 de abril próximo, na Avenida Teodolino Pereira de Araújo, em frente á Casa Lopes, entre 14:00 e 18:00 horas.

terça-feira, 15 de março de 2011

CUFA Araguari Realiza Intervenção Pelo Dia Internacional da Mulher

No último dia 05 de março, sábado, aconteceu na Comunidade Colônia do Encantado, a intervenção da CUFA Araguari pelo Dia Internacional da Mulher. A atividade, proposta pelo Núcleo Maria Maria, coordenado pela Michele Brasileiro, levou várias dezenas de mulheres a participar do evento que foi organizado da seguinte forma: uma semana antes, as "Marias" se deslocaram para o local escolhido e em conjunto com o público local, foi confeccionado máscaras de gesso, tendo como molde o rosto das moradoras, que após a confecção estas foram trocadas e cada uma das mulheres escolhidas tinham que pintar a máscara de acordo com o que viam a outra, o que rendeu boas risadas depois, pois as máscaras foram colocadas em exposição no dia da intervenção.
Além da exposição das máscaras confeccionadas, foram realizadas palestras e mesas redondas, simultaneamente trazendo á pauta, temas pertinentes ao cotidiano dos moradores do local, como: "Violência Doméstica", proferida pela Dra. Paula fernandes de Oliveira, Delegada da Mulher, da Criança e do Idoso; "Gravidez Precoce e DST/AIDS", pela Assistente Social Iara Borges, Secretária Municipal de Saúde; "Programa Minha Casa Minha Vida" proferida pela Secretária Municipal de Trabalho e Ação Social Virgínia Alcântara e em nome da comunidade, versejou sobre "Congado, Novos Rumos e Desafios" a representante da comunidade Zaíra Maria dos Santos.
A abertura constou de um texto declamado pela atriz e presidente da CUFA local, Maluh Pereira; de apresentação das representantes femininas da oficina de dança de rua, ministrada pela CUFA; de apresentação de capoeira das meninas do Núcleo Capocufa; e das mulheres percussivas do Congo 13 de Maio.
"Eventos como esses, com certeza confirmam a necessidade de realização e a alegria da comunidade em participar, considerando que são poucas as pessoas que se dispõe a vir aqui trazer algo construtivo para a Colônia do Encantado, que já existe a mais de trinta anos" diz Zaíra, moradora do local.