quarta-feira, 19 de abril de 2017


Aconteceu ontem na sede da CUFA Araguari, mais uma oficina da parceria entre a entidade e o CONAFRO - Coletivo Negro Afrontação, chamada: "Quem vê cara, não vê..." sobre prevenção ás DST/AIDS e métodos anticoncepcionais. A oficina foi ministrada pelas estudante de medicina do IMEPAC e integrantes do CONAFRO Raquel e Mariana Prado. Os alunos das oficinas da CUFA puderam receber informações sobre o assunto, tirar dúvidas e ainda de maneira divertida e didática verificar o q aprenderam sobre o assunto com o jogo "verdade ou mentira". Estatisticamente a juventude negra é a mais afetada por estes tipos de patologia - DST.
O último Boletim Epidemiológico de Aids, HIV, DST, Hepatites B e C do município de São Paulo, que conta com dados até o ano de 2010, observou um avanço da epidemia entre a população negra. Para cada grupo de 100 mil habitantes, foram diagnosticados 39,7 casos de aids entre pessoas da raça negra em 2010, contra 18 casos em brancos.
No cenário nacional, a situação não é muito diferente. Um dado que chama atenção é a alta mortalidade dessa população em decorrência do HIV/aids. Embora os casos de aids notificados entre a população negra sejam menores do que entre a população branca, os negros morrem mais em decorrência da doença. Responsáveis por 9,8% dos novos casos de 2011, a mortalidade no mesmo ano ficou em 12,8% para os homens e 15,6% para as mulheres afrodescendentes. Nota-se também que este índice vem crescendo desde o ano 2000.
"Foi uma aula muito proveitosa e participativa, com certeza era visivel que os participantes assimilaram o conhecimento ministrado, com certeza viremos mais vezes, convidadas ou não rsrsrs"  disse Mariana Prado, uma das ministrantes.

Mais fotos, podem ser acessadas na Página do FACEBOOK: Negros e Negras de Araguari, https://www.facebook.com/negrosenegrasdearaguari/?pnref=story 

terça-feira, 18 de abril de 2017

Secretário Executivo do MINC Visita Araguari

Maluh Pereira e Zulu, Diretora. Pres. e Coord. Geral da CUFA Araguari; João Andrade, Sec. Exec. do MINC; Bruno Kesseler, Presidente da CUFA DF e Willian Cândido, Capitão do Congo Libertação e futuro Coordenador Geral da CUFA Ituiutaba/MG

Aconteceu no último dia 06 de abril, no Ministério da Cultura uma reunião entre a CUFA - Central Única de Favelas, ANCEABRA - Associação Nacional de Empresários e Empreendedores Afro Brasileiros, Congadeiros de varios ternos do Triangulo Mineiro e Sudeste Goiano, UFG - Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão e o Secretário Executivo do Ministério da Cultura, Sr. João Andrade. Foram apresentados vários projetos e foram acatados, um da CUFA Araguari e um da UFG/Campus Catalão. Na oportunidade, após explanação empolgada do que seria o congado, pelos vários capitães presentes o Secretário João Andrade manifestou interesse em visitar a região para conhecer o congado. "Que isso, voces colocaram o congado pra mim de uma forma tão mágica, que agora eu quero conhecer pessoalmente, ainda mais eu que sou profissional da sétima arte né, o cinema rsrsrs" .
No dia 30 de abril, as 10:00h da manhã, a CUFA em parceria com a FAEC, a UFG/Catalão e a ANCEABRA, recebem em Araguari o Secretário Executivo do Ministério da Cultura João Andrade, uma Diretorra da Fundação Cultural Palmares e uma diretora do IPHAN - Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A recepção será na Associação de Moradores do Bairro Paraíso, a abertura será por conta do Congo Mirim Filhos da Luz, da cidade de Ituiutaba/MG e após a composição da mesa e a fala das autoridades, o Secretário e as diretoras farão um momento a parte para ouvir as demandas do setor cultural da região.
"Ja temos a confirmação de presença de mais de 10 secretarias e fundações culturais da região, além de grande público do setor de cultura popular. Sabemos que a demanda é grande no setor e com certeza a mobilização será grande para a reunião", disse Zulu, coordenador geral da CUFA Araguari e um dos responsáveis pela vinda do Secretário na região.
Na oportunidade será anunciado o projeto "Congado Mirim Transformarte", aprovado na Lei Rouanet e em vias de captação e o Projeto Congado e Ancestralidade - Ampliando olhares  de readequação á novos horizontes, apresentado pela CUFA na reunião do dia 06 e aprovado pelo MINC.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

CUFA Araguari e Congados do Triangulo Mineiro e Sudoeste Goiano, se Reúnem com Secretário Executivo do Ministério da Cultura

Capitão Zulu, palestrando em Nova York/EUA
Acontece amanhã(06/04), em Brasília/DF, as 10:00h da manhã, uma reunião entre integrantes das CUFAs de Araguari, Patrocínio e Brasília; congadeiros de Ituiutaba, Monte Alegre de Minas, Patrocínio, Araguari(MG) e Catalão, Ouvidor e Goiandira(GO) e o Secretário Executivo do Ministério da Cultura. O assunto em pauta é a realização do Projeto CONGADO E ANCESTRALIDADE - Ampliando Olhares  de Readequação á Novos Horizontes, proposto pela CUFA Araguari, em parceria com a UFG/Campus Catalão e a ANCEABRA - Associação Nacional de Empresários e Empreendedores Afro Brasileiros. A proposta do projeto é propiciar capacitação dos congadeiros da região, sobre a Lei 13.099/14, que institui o Marco Regulatório do Terceiro Setor.
"Como não existe uma federação de congados na região e a CUFA está presente em quase todas as cidades atendidas, estamos propondo esse projeto, buscando meios de capacitar as entidades de cultura tradicionais da região, para que não percam o apoio financeiro do poder público, aos seus projetos", diz Zulu, articulador social, capitão de congado e Coordenador Geral da CUFA Araguari.
Participam como parceiros do projeto na reunião, a Professora Maria Helena de Paula, Coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFG/Campus Catalão; e João Bosco Borba, Presidente da ANCEABRA.

Ministro da Cultura Roberto Freire e o Secertário Executivo da pasta João Batista de Andrade
Política, cinema e literatura. Em geral, juntas. As três marcam a carreira do mineiro de Ituiutaba João Batista Moraes de Andrade que também tem sólida formação acadêmica, sendo doutor em Comunicações pela USP (Universidade de São Paulo), onde também lecionou.
Foi secretário de Cultura do estado de São Paulo, onde criou a Lei da Cultura estadual. Antes de vir para o MinC, presidiu o Memorial da América Latina (SP). 
Militante do antigo partidão, o Partido Comunista do Brasil, Batista começou sua carreira de cineasta quando era ainda estudante de Engenharia, na Escola Politécnica de Universidade de São Paulo. Durante e depois da ditadura militar, escreveu e produziu curtas, médias e longas-metragens. Entre eles, destacam-se "Liberdade de Imprensa"(1966/67); "Doramundo" (1978), "O Homem que Virou Suco" (1980), "A Próxima Vítima" (1983), "O País dos Tenentes" (1987) e "O Tronco" (1999).
Trabalhou como repórter na TV Cultura, ao lado de Fernando Pacheco e Vladmir Herzog, na primeira metade da década de 1970. Sobre a vida do seu editor e amigo, veio a elaborar o documentário Vlado - 30 Anos Depois (2005). Também produziu reportagens especiais para Rede Globo. 
Criou a Raiz Produções Cinematográficas, foi sócio fundador do Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam), Organização não-governamental de produção audiovisual em Goiás, e do Cinemar -Instituto do Homem, Audiovisual e Meio Ambiente, em São Paulo. 
Seu aclamado documentário "Wilsinho Galiléia" foi censurado pela ditadura e exibido depois de mais de 20 anos na televisão.  Escreveu livros, peça de teatro e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais como os Kikitos (do Festival de Gramado - RS) de melhor filme e melhor diretor com "Doramundo"; e de melhor roteiro por "O Homem que Virou Suco", que também ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Moscou. "O país dos tenentes" ganhou o Festival do Rio em 1988 e foi também premiado no Festival de Brasília; "O Tronco" foi escolhido Melhor Filme pela Comissão das Comemorações dos 500 anos de Brasil (Festival de Brasília). Recebeu ainda o Prêmio Especial do Júri Internacional, FEST-RIO/1986 e Prêmio OCIC Internacional de melhor filme com o documentário "Céu Aberto", sobre a morte de Tancredo Neves e, em 2010, foi o grande homenageado no festival latino-americano de cinema (Memorial da América Latina).
 
 

CUFA e CONAFRO se Unem contra o Sexismo e o Machismo


Hoje o CONAFRO esteve na CUFA Araguari falando um pouco sobre a violência contra a mulher negra através da oficina denominada "Bem me quer, mal me quer".
58,86% das mulheres vítimas de violência doméstica.
Balanço do Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher/2015
53,6% das vítimas de mortalidade materna.
SIM/Ministério da Saúde/2015
65,9% das vítimas de violência obstétrica.
Cadernos de Saúde Pública 30/2014/Fiocruz
68,8% das mulheres mortas por agressão.
Diagnóstico dos homicídios no Brasil (Ministério da Justiça/2015)
Duas vezes mais chances de serem assassinadas que as brancas.
Taxa de homicídios por agressão: 3,2/100 mil entre brancas e 7,2 entre negras (Diagnóstico dos homicídios no Brasil. Ministério da Justiça/2015)
Entre 2003 e 2013, houve uma queda de 9,8% no total de homicídios de mulheres brancas, enquanto os homicídios de negras aumentaram 54,2%
Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil (Flacso, OPAS-OMS, ONU Mulheres, SPM/2015)
56,8% das vítimas de estupros registrados no Estado do Rio de Janeiro em 2014
Dossiê Mulher RJ (ISP/2015)

Os dados acima, foram apresentados elucidando a construção histórica esteriotipada da mulher negra, que sofre com o racismo e o machismo e assim foi exposto para os alunos integrantes das oficinas o reflexo deste racismo através das estatísticas da violência contra a mulher negra e  puderam aprender mais sobre os tipos de violência aos quais elas estão submetidas através de um jogo bem animado entre os participantes da oficina. Teve música, teve jogo e até demonstração de break, numa aula lúdica e de grande valor para acrescentar conhecimento sobre o tema.
“O racismo e o sexismo influenciaram as relações que determinaram a sociedade brasileira no seu momento fundador. Isso está no DNA de nossa sociedade, é estruturante. E hoje, mesmo considerando tudo o que já mudou em relação ao que consideramos violência, não há como discutir violência contra as mulheres sem discutir racismo e sexismo no Brasil.” Luiza Bairros, socióloga e ex-ministra da Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial (Seppir)