segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CUFA Araguari, Será a Produtora local do Espetáculo Anjos D'Agua na Cidade



Criado em 2009 O projeto do grupo TerraCotta, resultado de uma ação educacional que prevê o resgate e a revalorização de alunos da rede pública de ensino em situação de risco social. De uma iniciativa escolar, como atividade pedagógica em cumprimento da Lei 10.639/2003 - as atividades do grupo têm como foco de pesquisa artística um olhar sobre a cultura popular e o corpo negro, buscando em sua elaboração técnica, movimentos e imagens de referências Afro Descendentes e suas cartografias simbólicas. O trabalho artístico do grupo apresenta também novas estéticas para a dança contemporânea, contribuindo para a formação e a presença masculina no cenário da dança brasileira. Formados por jovens bailarinos (Uberlândia|MG),  o projeto rompe o muro da escola  e ganha grande visibilidade em outros contextos como festivais e eventos de dança em todo o país.  Para além de uma ação afirmativa no  cumprimento à lei, as ações do grupo vêm servindo como modelo para várias outras escolas em diferentes cidades por onde o grupo se apresenta. Os bailarinos são  nativos da cultura de tradição como o congado, a capoeira e a religião, e buscam também nas manifestações urbanas como o carnaval e o hip hop suas vias de expressão, conferindo uma identidade ímpar na pesquisa de linguagens e estéticas para a dança contemporânea brasileira. A partir de 2010, com a estreia do espetáculo Anjos d'Água, o grupo também se dedica a pesquisa da dança contemporânea e suas relações com a cidade e seus espaços de co-habitações.


Trajetória


Dentre as ações de reconhecimento que o grupo obteve desde a sua criação, destaca-se as participações e premiações em festivais como: Festival de Dança do Triângulo-Uberlândia-MG|2009 e 2010; Festival Unidança - Uberaba-MG|2009,  Festival Dança Ribeirão|2010 – melhor coreografia e figurino; Festival Dança Araxá|2010  e Festidança |2010 em São José dos Campos/SP. Recebeu o Prêmio Destaque Negro, categoria Dança, outorgado pela Fundação Afrikapoeira – Zumbi dos Palmares – Araguari/MG; e participou como grupo convidado para as comemorações do Mês da Consciência Negra 2010, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, com o espetáculo De Angola ao Gueto: Rotas de Resistência. Em novembro de 2010 foi selecionado como grupo profissional para a Mostra Latino Americana de Dança – FUNARTE, realizada em Foz do Iguaçu/PR. Mesmo com recente formação o grupo coleciona em seu repertório 3 trabalhos coreográficos que buscam delinear a sua identidade poética e estética, ressaltando sempre o valor das tradições negras no Brasil. Em  2010 o grupo foi selecionado pelo edital “Auto de Natal” da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia  e sob a direção de Vanilton Lakka e Dickson Du-Arte criou o espetáculo “Anjos d’Água”. Em 2011 o grupo participou como convidado para o encerramento do Dança Ribeirão como o espetáculo “Aguadores de Iphá” e do 37º Festival de Inverno de Itabira|MG como o espetáculo “Roda d’Água, Quedas e Vapores.


Release do espetáculo


O espetáculo surgiu em 2010 como uma proposta de diálogos com elementos da cidade e suas paisagens. Repensando de quais maneiras seriam possíveis re-ocupar a fonte de água, símbolo do ideário modernista da cidade de Uberlândia/MG.
No espetáculo a água e suas funções na sociedade são sempre questionadas. O diálogo dos corpos e elementos arquitetônicos é uma das premissas conceituais do trabalho que apresenta soluções que ao mesmo tempo que recorre as estéticas da dança contemporânea também propõe cenas bem humoradas e de interação com o público.  A princípio, o espetáculo apresenta uma desconstrução do imaginário icnográfico dos “anjos etéreos” que se traduzem  nas figuras de heróis urbanos. Bombeiros-mergulhadores que vão se transformando em meninos de rua e posteriormente em descontraídos banhistas de uma praia imaginária, circunscrita na ofegante paisagem de uma cidade contemporânea, é o percurso que roteiriza as passagens coreográficas, os jogos de cena e determina a participação do público ou do cidadão comum que habitualmente passa ou usa o espaço. Revisitar os territórios por meio da dança e propor um outro olhar sobre a cidade é uma das preocupações do projeto que objetiva re – sensibilizar os “lugares” e devolvê-los para seus donos – os habitantes . O de-(uso) dos espaços públicos, a preservação da água e os problemas da violência urbana são os motes criativos do espetáculo que tem imagens, músicas e elementos inusitados como  antigos regadores de água e coloridas toalhas de praia. O projeto Anjos d'Água vem se destacando no meio da dança contemporânea pela sua originalidade em compor com o elemento água, materializado pelas fontes e chafarizes das cidades e pelo seu carater descontraído, com forte apelo ambiental, político e social.



As fontes d’água e suas funções na cidade


Quando se pensa nas paisagens e iconografias de Minas Gerias, a ideia dos chafarizes sempre são imagens recorrentes. Desde o barroco quando esses aparelhos cumpriam a função de fazer jorrar nas ruas e praças a água pura vinda das nascentes e minas, saciando a sede de escravos, viajantes, trabalhadores livres e até mesmo dos senhores daquela época. A presença da água no contexto da cidade para além de sua função orgânica sempre servil como espaço de convivência. Pontos de parada seja de tropeiros ou dos habitantes das cidades as praças e chafarizes tinham a função de aglomerar pessoas, sendo um marco, um referencial de espaço, símbolo arquitetônico e organizacional das cidades. Sempre presente nas memórias e nos contos, da literatura ao cinema, esses lugares são fundamentais para a preservação da história do povo mineiro.
Com o advento da cidade moderna, o conceito dos chafarizes é ampliado e surgem as fontes de água, depois as fontes luminosas até chegar aos dias atuais com as fontes interativas onde se é possível “participar” do todos os benefícios da água e não apenas estar restrito a observação contemplativa. Entretanto, relegadas muitas vezes a administração pública essas fontes sofrem com a degradação e falta adequada de manutenção, sendo desativadas ou funcionando parcialmente. Suprimindo do povo o direito de usufruir a esse elemento de fascínio, sedução e entretenimento.
Para quê servem as fontes? Teriam elas outras funções que não apenas uma contemplação distanciada? O efeito maior ainda continua sendo aquele de causar um refrigério  ao espírito, uma pausa em meio ao caos do cotidiano? As fontes instaladas nas praças das cidades ainda são desfrutadas pelos seus habitantes? Quem são os seus habitantes?



Dança contemporânea para crianças e adolescentes


O espetáculo Anjos d’Água por suas opções estéticas nos figurinos, elementos cênicos, musicalidade e dinâmica das cenas se configura como uma boa opção de dança para crianças e adolescentes. Público geralmente pouco beneficiado pela produção da dança contemporânea que traz na sua maioria temas delicados, existencialistas e de certo conteúdo moral, conflitantes e persuasivos.
Entendendo a criança e o adolescente como um indivíduo em formação, a experiência do contato com a dança contemporânea pelo viés da ludicidade, do jogo e do entretenimento reflexivo pode contribuir com esse indivíduo no que se refere a construção do gosto estético e a tendência à apreciação da arte em todos os seus aspectos.



Ficha Técnica



Bailarinos: Erickson Damasceno.

                   Gustavo Henrique.

                   Cleber Jerônimo.

                   Marco Túlio.

                   Jefferson Lúcio.

                   Wanderson dos Santos.

Estagiário: Cláudio Victor.



Preparação corporal: Ms. Diego Tibiriçi.

                                   Clarita Claupero.

                                   Cláudia Bittencourt.

                                    Vanilton Lakka                            





Figurinos e adereços: Beth Mendonça.



Desing de cabelos: Crislene Assunção.

                                 Fransérgio Adriano.



Trilha sonora: Fernando Prado.



Sonoplasta/Iluminador: Mamede Aref.



Técnico eletricista: Antônio Aureliano  Dutra.



Motorista: Edmilson Marques Silva



Produção executiva: Cida Perfeito.



Produção local em Araguari: Agnaldo Zulú.



Produção local em Tupaciguara: Dirce Bernardes Costa



Programação Visual :Eduardo Bernardt



Elaboração de projeto: Aryadne Amâncio.                  



Concepção e direção coreográfica: Vanilton Lakka.



Coordenação geral do projeto e direção artística: Dickson Du-Arte.

Agradecimentos : Susilene Feoli, Flávia Fonseca, Antonio Cesar, Rosane Malagoni, Maristela Pucci, Terno de Congado Azul de Maio , Câmara de Vereadores de Tupaciguara


Contatos


Apresentações: 34 - 88151728 – 3217 5619 - Dickson

Agendamentos: 34 -  88278184 - 3234 0986 – Erickson

Administrativo: 34 -  88208611 – 3217 0296 - Gustavo



Orkut – terracotta@yahoo.com.br

Facebook- TerraCotta Dança AfroContemporânea


| o espetáculo propõe a dança em seu caráter performático e interativo com objetivo de ocupar fontes de água resignificando a função desses aparelhos arquitetônicos no contexto das cidades  e ainda busca estabelecer reflexões sobre suas estéticas, usos e (co)- habitações |






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