Chegada dos atores no Mercado Municipal |
Atentas á peça: Gabriela, da Associação Cultura Minas, que abrange 22 municípios; e a Carmem, Presidente da FAEC, que em Araguari é o mesmo que a Secretaria Municipal de Cultura. |
A peça versa sobre o consumo de drogas no país que ao longo dos últimos anos sofreu um grande aumento, mas que infelizmente não houve uma mudança correspondente no vigor das políticas públicas que pudesse minimamente atenuar o impacto. Inicia com uma pessoa normal, no convívio da sociedade e que começa com o uso da bebida e cigarro, pula pra maconha, cocaina e vai ao fundo do poço, com o uso do crack e após uma participação nas várias oficinas culturais gratuitas, oferecidas pela CUFA, ela consegue a reabilitação. É uma forma poética de ver o problema, mas também uma maneira de colocar o dedo na ferida.
No Brasil, a violência e o
crime organizado associados ao tráfico de drogas ilícitas constituem um dos
problemas mais graves frente a uma situação que se deteriora a cada dia, com
altíssimos custos humanos e sociais, é imperativo retificar a estratégia de
“guerra contra as drogas” aplicada nos últimos
anos. As políticas proibicionistas baseadas na repressão à
produção e ao tráfico bem como na criminalização do consumo, não produziram os resultados
esperados. Estamos mais distantes que nunca do objetivo proclamado de
erradicação das drogas. Vários homicídios são cometidos durante o ano todos tendo como eixo central o trafico de drogas, o seu controle nas cidades ou a cobrança de dívidas entre traficantes e usuários, causando um
grande mal estar na sociedade, o que acarreta uma imensa cobrança em cima dos
órgãos de repressão(POLÍCIA) e ao poder público.
O modelo atual de política de
repressão às drogas está firmemente arraigado em preconceitos, temores e visões
ideológicas. O tema se transformou em um tabu que inibe o debate público por
sua identificação com o crime, bloqueia a informação e confina os consumidores
de drogas em círculos fechados, onde se tornam ainda mais vulneráveis à ação do
crime organizado.
Por isso, romper o tabu,
reconhecer os fracassos das políticas vigentes e suas consequências, é uma
precondição para a discussão de um novo paradigma de políticas mais seguras,
eficientes e humanas.
Isso não significa condenar em
bloco as políticas que custaram enormes recursos econômicos e o sacrifício de
incontáveis vidas humanas na luta contra o tráfico de drogas. Significa que
devemos reconhecer a insuficiência dos resultados e, sem desqualificar em bloco
os esforços feitos, abrir o debate sobre estratégias alternativas, com a
participação de setores da sociedade que se mantiveram à margem do problema,
como por exemplo, a grande massa
estudantil . A questão que se coloca é reduzir drasticamente o dano que as
drogas fazem às pessoas, sociedades e instituições. Para isso, é essencial
diferenciar as substâncias ilegais de acordo com o prejuízo que provocam para a
saúde e a sociedade.
É a isso que a CUFA Araguari, com a apresentação pública da peça, se propõe, levar a discussão, ao debate; e através de um consenso, buscar uma melhor solução para o problema.
Mais fotos, em https://www.facebook.com/zulu.cufaaraguari/media_set?set=a.566348410092168.1073741864.100001510439217&type=3&uploaded=63
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