quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Re-Cultura




MV Bill entregando o manifesto para o ministro
Re- cultura
Líderes culturais brasileiros se unem em prol da reforma da cultura Gestores, produtores e agentes culturais de vários estados brasileiros se reuniram na terça-feira, 11 de agosto, com o ministro Juca Ferreira, no Auditório do Ministério da Cultura, em Brasília, para entregar o manifesto que visa um marco regulatório específico para a atividade cultural. O encontro foi um primeiro passo em direção a uma reformulação da atividade cultural no país. O Ministro afirmou que o Brasil é um país com enorme potencial de cultural, e que o brasileiro não tem noção da importância da cultura da sua nação em outros países. Esta reforma cultural é apelidada de ”RE-Cultura” e foi impulsionada pela declaração de MV Bill, rapper e um dos fundadores da CUFA - Central Única das Favelas, feita ao jornal “O Globo” no domingo, 2 de agosto, que ao protestar, visou alcançar não só as questões tributárias e fiscais, mas as novas relações de trabalho geradas pela especificidade das atividades de artistas e demais profissionais inseridos nas cadeias produtivas da cultura. MV Bill ao se posicionar sobre o assunto ressaltou que “a cultura está presente em todas as áreas públicas e que necessita agora de uma forma mais elaborada de fazê-la e consumi-la, e para tal, é necessário discussões sobre o sistema nacional e das cadeias de cultura, bem como uma reforma dos marcos legais regulatórios”.
O rapper acrescentou que a atividade cultural, além de importante vetor de desenvolvimento é construtora de identidades, pertencimentos e meios, especialmente, nos últimos anos, de inserção sócio-produtiva, particularmente, de jovens, os que mais sofrem as dificuldades para encontrar espaços no mercado formal de trabalho. Após a fala de algumas autoridades que também estavam presentes como os secretários de cultura do Distrito Federal, Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Porto Alegre, a discussão foi aberta aos artistas e produtores culturais que colocaram os altos tributos como um dos elementos que dificultam o trabalho artístico no Brasil. O secretário adjunto de cultura do Distrito Federal, Beto Salles, ressaltou que “a cultura não pode ser analisada pelos meios comuns, já que uma de suas principais características é a singularidade”. Ao final do encontro foi constatado que uma reforma da cultura passa obrigatoriamente por outras áreas, entre elas planejamento, trabalho, justiça e educação. Para dar continuidade ao Re-cultura, o próximo passo será escolher representantes da sociedade civil para compor o grupo que junto com membros dos ministérios envolvidos buscarão respostas para as demandas apresentadas nesse encontro e nos fóruns de cultura espalhados pelo país e construirão políticas que realmente atendam as necessidades dos produtores de cultura no Brasil.


















Secretário Adjunto de Cultura do DF, Beto Salles propondo acréscimos ao manifesto
























Representantes da CUFA no encontro
Texto e fotos : Comunicação CUFA DF

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