domingo, 29 de abril de 2012

Odeio as Cotas

Por: Manoel Soares

Nunca gostei da ideia de cotas. Acho que ninguém gosta. Nosso sentimento é o mesmo que um cadeirante tem pela rampa que colocaram para ele subir. É óbvio que o cadeirante preferiria mil vezes usar a escada como todos, mas o fato de não poder andar obriga-o ao uso da rampa.
Imagine como seria constrangedor ver um paraplégico abrindo mão da rampa de acesso e lutando para usar a escada. Se depois de muita fisioterapia ele puder subir sem cadeira, vai ser lindo. Mas nada justifica o sacrifício.
Por mais que pareça loucura, a questão racial é exatamente isso. O povo negro foi trazido como mão de obra animal, por 300 anos viveu escravizado. Após os primeiros movimentos de abolição, o negro só poderia entrar na escola após os 21 anos de idade, fora o fato de falta de acesso à alimentação, moradia e trabalho.
Isso produziu uma massa humana que estava em desvantagem comparada aos demais. Essa desvantagem foi passada de pai para filho até os dias de hoje. Muitos dizem que existem branco na mesma condição. É verdade, mas ainda os negros encabeçam as listas de desemprego, mortes por arma de fogo, menor acesso ao ensino superior, entre outras mazelas. A pobreza tem cor, sim.
Da mesma maneira que temos alguns poucos negros ricos, temos brancos pobres. por isso acredito que as cotas sociais também devem ser aplicadas. Acredito que a lei é importante. Se as injustiças tivessem atingido os japoneses ou judeus, minha opinião seria a mesma. Nossa reflexão não deve ser somente racial, mas ser iluminada pela luz dos direitos humanos. Quem acredita que alunos cotistas são menos capazes de estar na faculdade, que vá na UFRGS e peça as médias. Terá uma grata surpresa.
Cota não tira vaga de ninguém, mas do mesmo jeito que não queremos que a atual geração de pessoas de pele clara seja condenada pelos seus antepassados racistas, a geração dos negros não pode ser prejudicada pelas mesmas.
Eu odeio as cotas. Sugiro que elas vigorem somente pela metade do tempo que a escravidão vigorou. Depois disso, os negros que se virem.
Outro ponto da discussão é saber quem é negro ou branco. Aí é mole, é só perguntar para a polícia, que sabe exatamente quem é negro ou não.

sábado, 14 de abril de 2012

CUFA Araguari Ministra Oficina de Free Step em Patrocínio/MG





Agradecimentos ao Secretário Municipal de Cultura de Patrocínio/MG, pela sensibilidade e confiança em nosso trabalho.












quinta-feira, 12 de abril de 2012

CUFA ARAGUARI PROMOVERÁ OFICINA DE FREE STEP NA CIDADE DE PATROCÍNIO

Alunos da oficina de free step da CUFA Araguari



A Cufa Araguari realizará em parceria com a Secretaria de Cultura, da Prefeitura Municipal de Patrocínio, neste sábado(14/04), a partir das 09:00h, na Escola Professor Olímpio dos Santos(Rua José Maria Alckimim, 398 - Centro) uma oficina gratuita de free step, a idéia é divulgar mais a modalidade na cidade. O Free Step (tranduzindo do inglês: “Passos Livres”) é uma dança que consiste em deslizar sobre o chão fazendo movimentos com as pernas e geralmente com as mãos sob as batidas da música eletrônica. A dança baseia-se em movimentos elaborados, e até inclusão de outros passos de danças dentro dele, como por exemplo, Melbourne Shuffle, Jumpstyle e C-Walk. A dança foi aderida por muitos jovens no Brasil inteiro. A oficina terá como pontos didáticos o seguinte:
  • BASE: A base é o principal movimento do Free Step. Nele cruza-se as pernas para frente, para trás ou para os lados. Normalmente quando utiliza a Base, o dancer tende a movimentar-se na direção para a qual é executada o passo. Com treino desenvolve-se a habilidade de fazer uma Base sem sair do lugar onde está. Com mais treino ainda consegue-se fazer uma Base em qualquer direção que se deseja, mas poucos conseguem esta façanha.
  • HAND MOVES: Os movimentos de mãos complementam os passos com as pernas, geralmente são inspirados no estilo Tecktonik. Utilizam-se estes movimentos especialmente nos estilos Joker e Dirty do Free Step (leia adiante).
  • KICKS: Os chutes são usados com muita frequência para incrementar a Base.
  • SPINS: Os spins (giros) também são muito usados e de diferentes formas, tendem a ter um efeito visual mais atraente mas requer mais experiência do dancer para utilizá-los.
  • COMBOS: Sequência de movimentos livres predefinidos, como hand moves, kicks, e spins, podendo até entrar passos de outras danças
 Em Araguari, a CUFA mantém em parceria com a FAEC, no espaço do Centro de Referência Negra, ás terças e quintas feiras, das 18:30 ás 20:00h e ás sextas feiras das 20:00 ás 22:00h, aulas gratuitas para quem se interessa pela modalidade.
"Pra nós é de grande valia esse incentivo das oficinas, porque nossa dança não tem muita aceitação, ainda é muito discriminada e quando o poder público se propõe a incentivar de alguma forma, nós vemos isso com muita satisfação", diz Kevin Obo, o popular Japinha, que é um dos coordenadores da oficina de free step, na CUFA Araguari.

domingo, 8 de abril de 2012

CUFA Promove Desafio de Basquete de Rua em Araguari/MG



 http://youtu.be/SFaca1EWG60


A CUFA Araguari realizou hoje, na comunidade da terceira, no bairro Brasília, um desafio de basquete de rua, intitulado: streeball old scholl. O evento transcorreu na maior normalidade, das 15:00 até ás 18:00 horas e marca o retorno da modalidade que disputou a última competição em 2009, na final estadual da LIIBRA e participou ano passado das eliminatórias regionais, porém por incompatibilidade de agenda o time de Araguari, que se classificou em primeiro lugar, não pode ir disputar a etapa estadual/2011.
"Fico feliz de ver a galera retornando com gosto de gás, isso é importante pra nós, considerando que estava meio parado e a quantidade de pessoas que apareceram aqui hoje, demonstra que os praticantes estão interessados e tocar o barco adiante", diz o novo coordenador de basquete de rua, da CUFA Araguari, Ulisses "Rolinha".



sexta-feira, 6 de abril de 2012

7º Encontro Nacional da Central Única das Favelas


No 7º Encontro Nacional da Central Única das Favelas – CUFA, realizado no Anfiteatro da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, no Pelourinho, em Salvador, no período de 28 de março a 1º de abril de 2012, os representantes de 14 bases da CUFA (São Paulo (base Paraisópolis), Rio Grande do Norte, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso (base Colider e Peixoto), Minas Gerais (base Araguari), Tocantins, Pará, Sergipe, Bahia (bases Sussuarana e Alagados, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Montenegro) Rio de Janeiro) se reuniram para discutir, alinhar e deliberar temas, propostas, projetos e ações que servirão de base para orientar as atividades da CUFA no Brasil e no exterior, conforme apresentado neste documento:



·         O principal desafio da CUFA para os próximos dez anos é contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, viabilizando ações e projetos em todos os territórios brasileiros nos quais estamos inseridos, promovendo o protagonismo dessas comunidades;



·         A CUFA acredita que a base da sua instituição são as pessoas que atuam no desenvolvimento dos territórios brasileiros onde atuam, proporcionando espaços, principalmente, para os jovens expressarem suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver. O maior patrimônio da CUFA é o potencial da nossa gente;



·         A realização dos eventos nacionais – Taça das Favelas, Miss Favela, LIIBRA, RPB, BRADAN, Viradão Cultural – é uma decisão das bases, desde que respeitando as diretrizes e os calendários estabelecidos pela Direção Nacional da CUFA;



·         Consolidação do projeto Taça das Favelas como meta para se tornar uma nova tecnologia social a exemplo da LIIBRA;



·         A CUFA garante que todas as bases localizadas em cada estado sejam independentes para desenvolver ações e projetos que atendam às particularidades de cada localidade, desde que respeitando as diretrizes básicas estabelecidas pela CUFA Nacional;



·         A participação dos integrantes na Rede CUFA é crucial para a construção continuada e coletiva das ações e projetos desenvolvidos pela Instituição. Assim, todos os coordenadores de base devem estar atentos às discussões propostas na Rede, contribuindo com o debate, propondo e discutindo, e ainda, colaborando com informações imediatamente quando solicitados;



·         Todas as bases da CUFA, respeitando às particularidades da cada localidade, devem buscar parcerias que agreguem valor e fortaleçam as bases.



·         Sobre a criação do Fundo Nacional da CUFA, ficou deliberado que haverá uma discussão posterior sobre o assunto, com participação de todas as bases.



·         Será construída A Carta de Salvador, um documento que será feito coletivamente, com a participação de todas as bases da CUFA, para orientar o trabalho na Instituição nos próximos 10 anos, contemplando metas e objetivos que serão focados, principalmente, no desenvolvimento e protagonismo das bases onde atuamos.



·         Por fim, o 7º Encontro Nacional foi um momento de aprendizado, crescimento e troca de experiências entre as bases da CUFA espalhadas pelo nosso país. Levamos desse encontro,  a certeza de que estamos no caminho certo, fazendo do nosso jeito, e ajudando o Brasil a ser um país mais democrático e de pleno direito.







Participaram os representantes das seguintes bases:





Bahia – Alagados

Augusto Cesar Arruda

Devid Jorge Santos Araujo

Eduardo Tavares

Ivanilton Souza

Joselito Crispin

Josenan Assis

Jorge Itacaranha



Bahia – Sussuarana

Adilton Luiz Oliveira

Alef Ramon Silva

Aline Santos Lempringard

Antonio Elton Santos e Santos

Danúbia Santos e Santos





Ceará

Francisco José Pereira de Lima – Preto Zezé

Lidiane Maria de O. Fernandes

Liduína Oliveira da Costa

Suyanne Ribeiro da Silva



Distrito Federal

Antônio de Pádua Oliveira Sá

Kim de Souza Fortunato

Max Maciel



Maranhão

Billy Wesley Freire

Edison Silva Diniz –Dicko



Mato Grosso – Colíder

Anderson Marques Zanovello

Janaína de Souza Ferraz Zanovello

Najla Maíra Gomes de Souza



Mato Grosso – Peixoto

Gerlan Pereira de Melo

Fernando Pereira dos Santos



Minas Gerais – Araguari

Agnaldo Daniel da Silva - Zulu

Maluh Pereira



Paraná

Marcos Antônio Moreira Junior

José Antônio Campos



Pará

Aline Machado

Victor Pamplona



Pernambuco

César Cronenbod

            

Rio de Janeiro

Celso Athayde

Fernando Blois

Wellington Galdino de Oliveira



Rio Grande do Sul – Porto Alegre

Ivonete Pereira dos Santos

Maria Dinorá Rodrigues Ribeiro



Rio Grande do Sul – Montenegro

Rogério dos Santos



Rio Grande do Norte

Miguel Nery Santos Silva



São Paulo – Paraisópolis

Claudia Raphael de Oliveira

José Lopes da Silva Junior



Sergipe

José Charles

Viviane Castro

Verônica Paiva



Tocantins

Nélio Nogueira Lopes

Rose Dayanne Santana Nogueira





Salvador, Bahia 31 de março de 2012