terça-feira, 16 de agosto de 2011

Câmara dos Deputados e CUFA lançam nesta quarta seminário sobre a juventude brasileira


Iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e da Central Única das Favelas acontecerá até dezembro em cinco regiões brasileiras; lançamento em Brasília nesta quarta-feira terá presença da deputada Manuela d'Ávila



Na próxima quarta-feira, 17 de agosto, às 14h, no plenário 9 da Câmara dos Deputados, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, presidida pela deputada Manuela d’Ávila, em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), dará início ao Seminário Direitos Humanos, Juventude e Desenvolvimento. O projeto  seguirá até dezembro e se dividirá em  cinco etapas temáticas e uma final,  com atividades em cinco estados do país (DF, CE, RS, AM e RJ).
A ideia da Comissão e da CUFA –organização presente em favelas e outras áreas de risco social de todo o Brasil– é discutir uma política de direitos humanos específica para os jovens, considerando o desenvolvimento nacional. O lançamento do seminário em Brasília terá como tema “Juventude e Cultura”. (Programação completa abaixo).
“Desenvolvimento significa crescimento econômico que tenha como objetivo a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, a democratização da vida nacional, a inserção soberana e protagonista do país no mundo e a ampliação de direitos sociais e individuais. É impensável desenvolvimento sem participação da maioria da sociedade nas definições de seus rumos e em seu usufruto”, explica a deputada Manuela d’Ávila.

SEMINÁRIO NO E-DEMOCRACIA
O lançamento do seminário irá promover o uso de uma ferramenta inovadora, mas ainda pouco conhecida pela população em geral, o portal e-democracia ou “democracia eletrônica” (http://edemocracia.camara.gov.br). O site foi desenvolvido pela Câmara dos Deputados para estreitar a relação entre sociedade e poder legislativo. Na página, o  internauta pode participar de debates de temas específicos, normalmente, relacionados a projetos de lei já existentes e que estão em tramitação no legislativo. O e-democracia oferece ainda instrumentos diferentes de participação e estimula, facilita, organiza e viabiliza o acesso do cidadão às matérias de interesse público tratadas no âmbito do Estado.
Para participar, basta se cadastrar pelo site. Confirmado o cadastro, o cidadão passa a ter acesso a fóruns, bate papos, uma biblioteca virtual e também pode contribuir com sua opinião sobre algum projeto por meio do wikilegis, espaço colaborativo onde se pode propor alterações aos projetos de lei em discussão ou construir um novo texto.

ETAPAS LOCAIS
A programação do seminário Direitos Humanos, Juventude e Desenvolvimento ocorrerá em Brasília (17/08), Ceará (05/09), Rio Grande do Sul (26/09), Amazonas  (24/10) e Rio de Janeiro (07/11). Cada localidade receberá um encontro com um tema específico como “Juventude e Educação”, “Juventude e Trabalho”, “Juventude e Saúde” e “Juventude e Desenvolvimento Territorial”.
Ao promover essas discussões em regiões distintas do país, a iniciativa pretende construir um olhar abrangente sobre a realidade nacional e os jovens do Brasil, buscando soluções estruturais e específicas, que dêem conta da diversidade de carências e de potenciais presentes nos diferentes territórios, comunidades e segmentos sociais.
Cada etapa local contará com debates e grupos de trabalho, que serão sistematizados em um relatório dos participantes (entidades, lideranças, personalidades, gestores, parlamentares, técnicos, intelectuais) estabelecendo diagnósticos e propostas de soluções.

ETAPA FINAL
No dia 7 de dezembro, o seminário retorna a Brasília para a sua última etapa. Os resultados das etapas temáticas locais serão apresentados na Câmara dos Deputados. São aguardadas as presenças do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos; do presidente do IPEA, Marcio Pochmann e do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano, além de ministros e parlamentares.

LIVRO E CONFERÊNCIA NACIONAL DE JUVENTUDE
O produto final do Seminário será publicado em forma de livro e ficará disponível, junto com imagens e registros, no Portal da Câmara. O Seminário também será considerado, pelo Conselho Nacional de Juventude, uma conferência livre da 2ª Conferência Nacional de Juventude, e suas propostas comporão o acervo de resoluções do encontro. A idéia é que os resultados do seminário sirvam também de subsídio para a formulação de linhas do Plano Plurianual e do orçamento da União, além de proposições legislativas, programas governamentais, ações e produtos voltados para a juventude e de direitos humanos.


SOBRE A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara é presidida atualmente pela deputada Manuela d’Ávila e tem a finalidade de discutir e votar as propostas de leis relativas à sua área que são apresentadas à Câmara. Dessa forma, a Comissão se manifesta emitindo opinião técnica sobre o assunto, por meio de pareceres, aprovando-as ou rejeitando-as, antes de o assunto ser ou não levado ao Plenário. Entre suas atribuições também estão receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos no Brasil e no mundo; além de cuidar dos assuntos referentes às minorias étnicas e sociais.
SOBRE A CUFA
A Central Única das Favelas é uma organização não governamental criada em 1999 a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro. A CUFA é quem promove dois dos principais eventos de grande porte e expressão nacional focados no Hip Hop, o prêmio Hutúz, maior festival de rap da América Latina, e a Liga Internacional de Basquete de Rua (Liibra), principal competição do gênero realizada no continente. Dessa forma, o hip Hop se tornou a principal forma de expressão da CUFA e serve como ferramenta de integração e inclusão social.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CUFA Araguari, Será a Produtora local do Espetáculo Anjos D'Agua na Cidade



Criado em 2009 O projeto do grupo TerraCotta, resultado de uma ação educacional que prevê o resgate e a revalorização de alunos da rede pública de ensino em situação de risco social. De uma iniciativa escolar, como atividade pedagógica em cumprimento da Lei 10.639/2003 - as atividades do grupo têm como foco de pesquisa artística um olhar sobre a cultura popular e o corpo negro, buscando em sua elaboração técnica, movimentos e imagens de referências Afro Descendentes e suas cartografias simbólicas. O trabalho artístico do grupo apresenta também novas estéticas para a dança contemporânea, contribuindo para a formação e a presença masculina no cenário da dança brasileira. Formados por jovens bailarinos (Uberlândia|MG),  o projeto rompe o muro da escola  e ganha grande visibilidade em outros contextos como festivais e eventos de dança em todo o país.  Para além de uma ação afirmativa no  cumprimento à lei, as ações do grupo vêm servindo como modelo para várias outras escolas em diferentes cidades por onde o grupo se apresenta. Os bailarinos são  nativos da cultura de tradição como o congado, a capoeira e a religião, e buscam também nas manifestações urbanas como o carnaval e o hip hop suas vias de expressão, conferindo uma identidade ímpar na pesquisa de linguagens e estéticas para a dança contemporânea brasileira. A partir de 2010, com a estreia do espetáculo Anjos d'Água, o grupo também se dedica a pesquisa da dança contemporânea e suas relações com a cidade e seus espaços de co-habitações.


Trajetória


Dentre as ações de reconhecimento que o grupo obteve desde a sua criação, destaca-se as participações e premiações em festivais como: Festival de Dança do Triângulo-Uberlândia-MG|2009 e 2010; Festival Unidança - Uberaba-MG|2009,  Festival Dança Ribeirão|2010 – melhor coreografia e figurino; Festival Dança Araxá|2010  e Festidança |2010 em São José dos Campos/SP. Recebeu o Prêmio Destaque Negro, categoria Dança, outorgado pela Fundação Afrikapoeira – Zumbi dos Palmares – Araguari/MG; e participou como grupo convidado para as comemorações do Mês da Consciência Negra 2010, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, com o espetáculo De Angola ao Gueto: Rotas de Resistência. Em novembro de 2010 foi selecionado como grupo profissional para a Mostra Latino Americana de Dança – FUNARTE, realizada em Foz do Iguaçu/PR. Mesmo com recente formação o grupo coleciona em seu repertório 3 trabalhos coreográficos que buscam delinear a sua identidade poética e estética, ressaltando sempre o valor das tradições negras no Brasil. Em  2010 o grupo foi selecionado pelo edital “Auto de Natal” da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia  e sob a direção de Vanilton Lakka e Dickson Du-Arte criou o espetáculo “Anjos d’Água”. Em 2011 o grupo participou como convidado para o encerramento do Dança Ribeirão como o espetáculo “Aguadores de Iphá” e do 37º Festival de Inverno de Itabira|MG como o espetáculo “Roda d’Água, Quedas e Vapores.


Release do espetáculo


O espetáculo surgiu em 2010 como uma proposta de diálogos com elementos da cidade e suas paisagens. Repensando de quais maneiras seriam possíveis re-ocupar a fonte de água, símbolo do ideário modernista da cidade de Uberlândia/MG.
No espetáculo a água e suas funções na sociedade são sempre questionadas. O diálogo dos corpos e elementos arquitetônicos é uma das premissas conceituais do trabalho que apresenta soluções que ao mesmo tempo que recorre as estéticas da dança contemporânea também propõe cenas bem humoradas e de interação com o público.  A princípio, o espetáculo apresenta uma desconstrução do imaginário icnográfico dos “anjos etéreos” que se traduzem  nas figuras de heróis urbanos. Bombeiros-mergulhadores que vão se transformando em meninos de rua e posteriormente em descontraídos banhistas de uma praia imaginária, circunscrita na ofegante paisagem de uma cidade contemporânea, é o percurso que roteiriza as passagens coreográficas, os jogos de cena e determina a participação do público ou do cidadão comum que habitualmente passa ou usa o espaço. Revisitar os territórios por meio da dança e propor um outro olhar sobre a cidade é uma das preocupações do projeto que objetiva re – sensibilizar os “lugares” e devolvê-los para seus donos – os habitantes . O de-(uso) dos espaços públicos, a preservação da água e os problemas da violência urbana são os motes criativos do espetáculo que tem imagens, músicas e elementos inusitados como  antigos regadores de água e coloridas toalhas de praia. O projeto Anjos d'Água vem se destacando no meio da dança contemporânea pela sua originalidade em compor com o elemento água, materializado pelas fontes e chafarizes das cidades e pelo seu carater descontraído, com forte apelo ambiental, político e social.



As fontes d’água e suas funções na cidade


Quando se pensa nas paisagens e iconografias de Minas Gerias, a ideia dos chafarizes sempre são imagens recorrentes. Desde o barroco quando esses aparelhos cumpriam a função de fazer jorrar nas ruas e praças a água pura vinda das nascentes e minas, saciando a sede de escravos, viajantes, trabalhadores livres e até mesmo dos senhores daquela época. A presença da água no contexto da cidade para além de sua função orgânica sempre servil como espaço de convivência. Pontos de parada seja de tropeiros ou dos habitantes das cidades as praças e chafarizes tinham a função de aglomerar pessoas, sendo um marco, um referencial de espaço, símbolo arquitetônico e organizacional das cidades. Sempre presente nas memórias e nos contos, da literatura ao cinema, esses lugares são fundamentais para a preservação da história do povo mineiro.
Com o advento da cidade moderna, o conceito dos chafarizes é ampliado e surgem as fontes de água, depois as fontes luminosas até chegar aos dias atuais com as fontes interativas onde se é possível “participar” do todos os benefícios da água e não apenas estar restrito a observação contemplativa. Entretanto, relegadas muitas vezes a administração pública essas fontes sofrem com a degradação e falta adequada de manutenção, sendo desativadas ou funcionando parcialmente. Suprimindo do povo o direito de usufruir a esse elemento de fascínio, sedução e entretenimento.
Para quê servem as fontes? Teriam elas outras funções que não apenas uma contemplação distanciada? O efeito maior ainda continua sendo aquele de causar um refrigério  ao espírito, uma pausa em meio ao caos do cotidiano? As fontes instaladas nas praças das cidades ainda são desfrutadas pelos seus habitantes? Quem são os seus habitantes?



Dança contemporânea para crianças e adolescentes


O espetáculo Anjos d’Água por suas opções estéticas nos figurinos, elementos cênicos, musicalidade e dinâmica das cenas se configura como uma boa opção de dança para crianças e adolescentes. Público geralmente pouco beneficiado pela produção da dança contemporânea que traz na sua maioria temas delicados, existencialistas e de certo conteúdo moral, conflitantes e persuasivos.
Entendendo a criança e o adolescente como um indivíduo em formação, a experiência do contato com a dança contemporânea pelo viés da ludicidade, do jogo e do entretenimento reflexivo pode contribuir com esse indivíduo no que se refere a construção do gosto estético e a tendência à apreciação da arte em todos os seus aspectos.



Ficha Técnica



Bailarinos: Erickson Damasceno.

                   Gustavo Henrique.

                   Cleber Jerônimo.

                   Marco Túlio.

                   Jefferson Lúcio.

                   Wanderson dos Santos.

Estagiário: Cláudio Victor.



Preparação corporal: Ms. Diego Tibiriçi.

                                   Clarita Claupero.

                                   Cláudia Bittencourt.

                                    Vanilton Lakka                            





Figurinos e adereços: Beth Mendonça.



Desing de cabelos: Crislene Assunção.

                                 Fransérgio Adriano.



Trilha sonora: Fernando Prado.



Sonoplasta/Iluminador: Mamede Aref.



Técnico eletricista: Antônio Aureliano  Dutra.



Motorista: Edmilson Marques Silva



Produção executiva: Cida Perfeito.



Produção local em Araguari: Agnaldo Zulú.



Produção local em Tupaciguara: Dirce Bernardes Costa



Programação Visual :Eduardo Bernardt



Elaboração de projeto: Aryadne Amâncio.                  



Concepção e direção coreográfica: Vanilton Lakka.



Coordenação geral do projeto e direção artística: Dickson Du-Arte.

Agradecimentos : Susilene Feoli, Flávia Fonseca, Antonio Cesar, Rosane Malagoni, Maristela Pucci, Terno de Congado Azul de Maio , Câmara de Vereadores de Tupaciguara


Contatos


Apresentações: 34 - 88151728 – 3217 5619 - Dickson

Agendamentos: 34 -  88278184 - 3234 0986 – Erickson

Administrativo: 34 -  88208611 – 3217 0296 - Gustavo



Orkut – terracotta@yahoo.com.br

Facebook- TerraCotta Dança AfroContemporânea


| o espetáculo propõe a dança em seu caráter performático e interativo com objetivo de ocupar fontes de água resignificando a função desses aparelhos arquitetônicos no contexto das cidades  e ainda busca estabelecer reflexões sobre suas estéticas, usos e (co)- habitações |