A Central Única das Favelas (CUFA) lançou na última quinta-feira (24) o projeto "Mães da Favela On" que tem como objetivo garantir o acesso à internet para 2 milhões de pessoas que vivem em favelas pelo país até julho de 2021.
Celso Athayde, Fundador da CUFA, conta que a iniciativa surgiu após mães relatarem as dificuldades que os filhos enfrentaram para acompanhar aulas pela internet durante a epidemia de covid-19 por falta de equipamentos ou de conexão.
A ação vai disponibilizar sinais de Wi-Fi livre em diversos pontos de 150 complexos de favelas nos 26 estados do país e no Distrito Federal, além da distribuir chips de celular da Alô Social, empresa parceira da operadora TIM, para 500 mil mães cadastradas previamente no programa "Mães da Favela". Nesta semana, já foram instalados pontos de conexão na Rocinha (RJ), em Heliópolis (SP) e em Brasilândia (SP).
Com o objetivo de promover a retomada econômica e educacional, o projeto focará em garantir que os moradores das favelas consigam acessar conteúdos online sobre empreendedorismo e também voltados à educação. A seleção do material disponibilizado ficará sob responsabilidade da UNESCO, agência da ONU voltada para questões ligadas à educação e à ciência.
"São mobilizações sociais como essas que levam ajuda rápida e efetiva a quem realmente mais necessita, neste momento em que precisamos agir com celeridade para alcançar tantas famílias em situação de vulnerabilidade", diz Marlova Jovchelovitch Noleto, Diretora e Representante da UNESCO no Brasil
A viabilização da instalação desta infraestrutura contou com as parcerias firmadas com empresas como: Alô Social/TIM, PicPay, TikTok, O Boticário, VR Benefícios, Península Participações, Volvo, Comunidade Door e Banco Santander, além das fundações Tide Setúbal e Casas Bahia e dos institutos Humanize e Galo da Manhã, que apoia o Mães da Favela desde a sua criação com patrocínio do Instituto Unibanco.