O Brasil Colônia, Império e República teve historicamente no aspecto legal, uma postura passiva e permissiva diante da discriminação e do racismo, que atinge a população afro brasileira até hoje. O decreto nº 1331, de fevereiro de 1854, estabelecia que nas escolas públicas do país, não seriam admitidos escravos e a previsão de instrução para adultos negros, dependia da disponibilidade dos professores. O decreto nº 7031-A, de 06 de setembro de 1878, estabelecia que os negros só podiam estudar no período noturno e diversas estratégias foram montadas no sentido de impedir o acesso pleno dessa população aos bancos escolares.
A demanda da comunidade afro brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito á educação passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da lei nº 10.639/03, que alterou a lei nº 9.394/96, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro brasileira e africana.Secretária Virgìnia, Arley e Zulu |
Terno de Congado Moçambique Branco |
Como bem salientou Frantz Fanon: “os descendentes de mercadores de escravos, dos senhores de ontem, não tem hoje que assumir a culpa pelas desumanidades provocadas por seus antepassados. No entanto, tem-se a responsabilidade moral e política de combater o racismo, as discriminações e juntamente com os que vem sido mantidos á margem, os negros, construir relações raciais e sociais sadias em que todos cresçam e se realizem, enquanto seres humanos e cidadãos.
Assim sendo , a educação das relações étnico raciais, impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para a construção de uma sociedade justa, igual e equânime.
Dona Abadia, homenageada como mãe do ano, ladeada por amigas
Dentro dessas diretrizes foi criado o prêmio Destaque Negro, que visa homenagear pessoas, projetos ou iniciativas que são referência para nossa comunidade e para a sociedade em geral. Esse ano foram homenageadas várias pessoas e entidades, de Araguari, Uberlândia e Catalão; além de um desfile com várias pessoas da nossa cidade e convidado(a)s da vizinha cidade de Patrocínio que realizaram um belíssimo desfile, com mostra das tendência de cabelo, maquiagem, vestuário e acessórios para o proximo ano. O evento organizado pela CUFA Araguari, com apoio da FAEC, Arley Stúdio, Luminares e TV Integração, foi realizado dia 19 de novembro antecipando as reflexões do Dia Nacional de Consciência Negra, na Casa da Cultura. Compareceu ao local para a cerimônia, uma media de 400 pessoas que se encantaram com várias apresentações artísticas. A abertura foi feita pelo Coordenador Geral, Zulu e representando a Prefeitura Municipal, a Secretária Municipal de Trabalho e Ação Social, Virgínia Alcântara.
Apresentação do Grupo de Dança Afro
"Para reeducar as relações étnico raciais no Brasil é necessário fazer emergir as dores e medos que tem sido gerados. É preciso entender que o sucesso de uns tem o preço da marginalização e da desigualdade imposta a outros. E então decidir que sociedade queremos construir daqui pra frente" diz Zulu.
Desfile de tendências
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