segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Peça Teatral Outros Caminhos, Será Encenada Pela CUFA Araguari na Praça Farid Nader





A magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade.
Os motivos que podem levar uma pessoa a se entregar ao vício de drogas são vários e vão desde a necessidade de aceitação por um grupo até um problema de cunho familiar ou emocional. Da mesma forma são inúmeras as pessoas que se aproveitam disso para traficar e obter lucros com as fraquezas alheias.
Mas como resolver essa situação? O tráfico cresce porque cresce o número de usuários de drogas ou este número aumenta porque aumenta o tráfico? Isso significa que não adianta combater às drogas simplesmente como um "problema de polícia".
Não adianta lutar contra o tráfico, enquanto crime, e esquecer de lutar contra às causas que levam as pessoas ao consumo e a dependência química. O combate às drogas deve se dar também no âmbito educacional, psico-social, econômico e até mesmo espiritual.
Muitos setores da sociedade já perceberam isso e, em conseqüência, aumentam as campanhas de combate às drogas e as organizações que visam a recuperação de dependentes químicos e sua reintegração na sociedade. Exemplo desse esforço social foi a campanha da Fraternidade de 2001, da Igreja Católica, cujo tema foi, "Vida Sim, Drogas Não".
As drogas são problemas que integram praticamente todas as sociedades contemporâneas, o resultado negativo decorrente a isso é de ordem social e econômica. Social, pois desestrutura a família e econômico por gerar diversos custos para o governo que na maioria das vezes mantém o tratamento.
No Brasil, as drogas também financiam a violência e o crime. Grande parte dos usuários é jovem, muitos começam a usar geralmente na escola e em idade cada vez mais prematura.
Nesse sentido, a base para o não ingresso dos jovens nesse mundo quase sempre sem volta está na família e na escola. A primeira deve dialogar, conhecer as amizades, esclarecer sobre o perigo das drogas, e ensinar valores humanos e valorização da saúde e da vida. A segunda pode promover palestras, depoimentos, visitas de policiais, médicos entre outros profissionais que estão diretamente envolvidos no processo de prevenção das drogas e tratamentos.
No entanto, quem mais tem contato com o aluno são os professores, desse modo cabe a ele sempre que possível abrir momentos para discussões acerca do assunto, o tema não é de incumbência somente de determinadas disciplinas, mais sim de todas. O professor desenvolve um grande poder de influência, além de ser um formador de opinião, e é justamente nesse contexto que insere o seu papel. 

A CUFA – Central Única de Favelas, presente em 300 cidades no Brasil e em mais doze outros  países, tem ações diretas em comunidades em situação de vulnerabilidade social, como projetos de oficinas de: música, dança, áudio visual e outros. Nossos coordenadores convivem diuturna e cotidianamente com a cruel realidade das ruas e diretamente com pessoas envolvidas com o consumo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. Diante desse fator e das várias situações vivenciadas durante o ministério das várias oficinas que a CUFA Araguari se propôs a dar sua parcela de contribuição e criou o “Projeto Drogas? Diga Não”, uma peça de teatro musicada, criada a partir de vivencias nas ruas e encenada por jovens, voltada para prevenção ao consumo e tráfico de drogas entre adolescentes e crianças, numa linguagem de fácil entendimento e máxima absorção da mensagem expressa.
O projeto, tem criado diferentes instrumentos de comunicação para levar conscientização aos estudantes, entre eles o teatro e  blog da entidade, onde todos os interessados podem acompanhar o andamento do programa e postar suas sugestões e opiniões.

Atendendo a um convênio firmado com a Secretaria Estadual de Cultura, por iniciativa de emenda parlamentar do Deputado Estadual Tenente Lúcio, o grupo de teatro da CUFA, realizará dia 10 de dezembro(terça feira), na Praça Farid Nader(centro de Araguari/MG), três apresentações públicas da peça teatral “Outros Caminhos”, uma ás 08:00 horas da manhã, outra ás 14:00 e a ultima ás 20:00 horas, para alunos da rede estadual de ensino e logo após a peça será aberto um debate, mediado pelo Psicólogo Marcos Alvim sobre a visão dos jovens sobre o assunto e suas idéias para sanar o problema.
Esperamos atingir uma média de 1.500 alunos da rede escolar de ensino da cidade e com isso propiciar um feed back da visão desses alunos sobre o assunto, procurando através da arte, um meio de prevenção ao uso de drogas, tanto as lícitas como ás ilícitas”, diz Maluh Pereira, Diretora Presidente da CUFA local.




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